Interview –
Set/2003 – www.reidjou.com
Entrevista com Valmar (vocalista da KnightRider)
por:
Ludmilla guimarâes – Set/2003 – http://www.reidjou.com
Nostalgia do cenário baiano de Metal dos anos 80: Entrevista com Valmar (vocalista da KnightRider)
RD! – Quais eram as casas de shows em que aconteciam
apresentações de bandas de Metal baianas nos 80’s?
Valmar – Teatro Gamboa, tinha também o Teatro Nazaré, o Cine
Teatro Lauro de Freitas e o Cruz Vermelha.
RD! – Já que você falou sobre os locais, gostaria de saber
como o público se comportava durante os shows.
Valmar – O pessoal era mais unido, dividia as coisas com os
outros, era bem melhor antigamente!
RD! – E quais eram as bandas mais conhecidas pelo público
headbanger da época?
Valmar –
Zona Abissal, Headhunter, Slavery, Scarlet, Mercy Killing, Thrash Massacre,
Death Vomit.
RD! – Havia o mesmo racha na época entre o público como há
hoje, onde Black Metal não gosta de Heavy que não gosta de Death e vice-versa?
Valmar – O pessoal achava que gostar de Thrash era modismo,
os Deaths eram “meio chatos”, mas em geral todo mundo se dava bem melhor do que
hoje em dia. Hoje
você vê muita divisão. As pessoas olham para outras com desprezo, há briga por
causa de uma banda, por causa de bairro, de cabelo, etc. Antigamente era mais
unido, mas a cena era bem menor.
RD! – Onde andam as pessoas que iam aos shows e os
integrantes de algumas bandas da época?
Valmar – O pessoal da Headhunter tá aí, da Mercy Killing
raramente eu vejo Bruno, Léo está com a Mercy Killing em Curitiba e Bruno está
com a Pandora. Outros casaram, se afastaram, deixaram de ouvir som ou viraram
crentes.
RD! – Como era o público feminino da cena dos anos 80?
Valmar – Público feminino? Que público feminino? SÓ TINHA
MACHO! Brincadeira! Tinha Márcia Death e Márcia Poser que eu me lembro que
apareceram. Era raro quando aparecia MULHER, tão raro, que até a banda parava
de tocar para ver. Apareciam algumas punks que iam aos shows de Metal e que
hoje se tornaram Black Metal, mas geralmente todas iam aos shows porque
gostavam.
RD! – Hoje eu percebo que as casas de shows para o público
Rocker em geral vêm diminuindo bastante. Você acha que de um tempo prá cá vêm
perdendo espaço?
Valmar – O racha que existe consequentemente atrapalha,
ninguém confia mais em ninguém, tem a questão da disputa entre as bandas. O
público não prestigia as bandas baianas, ou quando vai para os shows quebra
tudo e a casa fecha e ficamos sem opções.
RD! – Falando em cena local, o que você acha das bandas de
Metal de hoje? Você pode citar alguma ou algumas em especial?
Valmar – Atualmente a melhor banda de Metal é a Malefactor. O
material que mais gosto é a Demo oficial. Até hoje eu falo isso para eles e
gostei do 2º e 3º CD, muito bom! Gostava também da Mercy Killing, que
infelizmente não está mais entre nós. Tem também a Drearylands, Plexus e a
Tharsis que está de volta.
RD! – Por falar em bandas dos anos 80 quase na entrevista
toda, gostaria de saber se vocês da KnightRider pretendem reviver boas bandas
da época? E quais os planos para o futuro?
Valmar – Pôxa, atualmente o plano da KnightRider é regravar
a Demo oficial. No site da KnightRider vão ter 3 músicas que foram gravadas ao
vivo, então a qualidade não está 100%. Tenho vontade de cantar alguma música
dos anos 80 daqui da Bahia ou do Brasil, mas eu tenhyo que conversar e entrar
em um consenso na Banda. Por enquanto vamos tocando as nossas músicas e alguns
covers de algumas bandas que nós gostamos tipo: Judas Priest, Iced Earth,
Kreator e principalmente Iron Maiden que é uma de nossas maiores influências,
embora o som da KnightRider seja um Trash com passagens Death e com duetos de
alto Heavy Metal anos 80.
RD! – Quem compõe as letras da KnightRider e gostaria de
saber os nomes e influências dos componentes?
Valmar – O principal letrista sou eu, mas o Alfred também
compõe. Eu escrevo letras baseadas em ficção científica e contos de terror. No
caso de Alfred, fala mais sobre guerra, fome. As influências da KnightRider
são: Judas Priest, Iron Maiden, Testament, Destruction, entre outros. A
KnightRider: Somos Eu (Valmar – vocalista), Alfred Jagersbacher (guitarra),
João Paulo (guitarra), Liederson (contra-baixo), e atualmente sem baterista
fixo. Mas gostaria de agradecer a Júnior (baterista da Tharsis) pela força.
Gostaria de agradecer a Valmar e desejo boa sorte à
KnightRider