Interview – Jul/2007- www.bahiarock.com.br
Entrevista com KnightRider (www.bahiarock.com.br)
Por Aguirre Talento
Entrevisa realizada por e-mail
16-Jul-2007
A Knightrider, banda de heavy/thrash metal formada em 2003,
passou por algumas dificuldades este ano devido à procura de um guitarrista
para a banda. Por causa disso, tiveram até que recusar a algumas propostas de
shows. Porém, agora com a formação estabilizada, com a entrada do guitarrista
Miguel Matos, a banda volta à ativa e já tem shows marcados para o segundo
semestre de 2007. Além disso, começam a planejar a gravação de um CD. Confira
isso e mais na entrevista que a banda cedeu ao BahiaRock.
A banda já passou por diversas formações até chegar na
atual, principalmente em relação aos guitarristas. Contem um pouco sobre essas
trocas e como chegaram à formação atual?
Valmar: Cara, isso foi uma verdadeira novela. Teve uma época
que chegamos, sem exagero, a testar uns 30 caras, porque chegava os caras
arpejando e tal, mas sem pegada nenhuma. Foi um período horrível, de
incertezas, de gente querendo mudar o som pra poder se encaixar, ou fazer o quê
todos queriam fazer. Hoje está tudo nos
conformes, estou com uma turma ótima, talentosa, muito camarada e afim de fazer
a banda crescer. A formação atual foi chegando aos poucos. André, o baixista,
entrou em 2005 porque nosso baixista abandonou o barco pra ser pagodeiro!!! E
precisávamos de um guitar porque estávamos com um provisório, aí André chamou o
primo Humberto, que não pôde ficar, aí eu conheci Caio, lá na faculdade de
artes, e ele tocava tanto guitarra quanto batera, chamei pra ser guitar, ele
foi de roadie pra um show no interior, mas na hora do show sumiu com uma
garota, só aparecendo no dia seguinte quando o ônibus que ia nos trazer pra
Salvador tava já partindo. Belo roadie…. Ele entrou, fez dois shows com a
gente, inclusive no Carnarock de 2006, quando então nosso batera e o outro
guitar resolveram sair pra montar uma banda de heavy tradicional, fazendo Caio
ir pra batera, e ai Humberto entrou na banda. Mas ainda faltava guitar, e após
duas quase efetivações, entrou o grande (verticalmente falando) Miguel, também
conhecido como Miguelito.
Humberto: Tive uma primeira oportunidade de entrar para
Knightrider em 2005, porém não pude ficar pois não tinha tempo disponível. Mas,
em meados de 2006, meu primo me chamou novamente para tocar na banda e, como eu
estava com tempo disponível, aceitei a proposta com o maior prazer. Tive que
ralar muito pra acompanhar as pegadas da banda, mas tudo caminhou
perfeitamente. Todos da banda sempre deram incentivo e liberdade criativa para
moldar as musicas antigas e compor as novas e isso está sendo ótimo não só para
mim como músico mas acredito que pra todos nós da Knightrider como banda. E
ressalto o que Valmar fala quando diz a respeito dos guitarristas que fizeram
teste pra banda. Essa garotada acha que tocar guitarra é tocar um milhão de
notas em um segundo, quando na verdade a essência de tocar é muito mais
complexa do que isso, o que realmente foi um problema pra gente achar alguém
que se encaixasse no perfil de guitarrista ao invés de velocista, mas
encontramos um ótimo guitarrista, que é o Miguel. Fazer solo é importante sim,
mas fazer base também é. Como se diz, não adianta tocar rápido se você nem sabe
o que você ta tocando.
O som da Knightrider tem uma mistura do heavy metal
tradicional com o thrash metal. De onde surgiu a idéia de fazer um som desse
tipo e quais as principais influências da banda?
Valmar: Cara, na verdade, quando formei a banda, junto com o
ex-guitar, Alfred, nos queríamos algo na linha do Testament na fase Demonic e
The Gathering, mas como somos fãs incondicionais do Iron Maiden e metal
tradicional em geral, fomos mesclando, junto com elementos de Death. Achamos
importante não nos limitarmos a só um estilo, então decidimos fazer algo
absolutamente pesado, com muita melodia nas partes certas, e vocal de monstro
pra complementar, mas creio que o caminho que estamos seguindo nas músicas novas vão evidenciar bastante isso.
Humberto: Creio que hoje o que procuramos com a banda é
aproveitar de tudo um pouco, pra tentar reciclar o que está sendo feito hoje,
ou seja, estamos tentando fazer algo diferente do que já está sendo feito. Uma
das coisas que contribuem pra isso é que todos na banda, cada um tem suas
influências em outros estilos musicais e todos estão contribuindo com as suas
influências pra tornar o som cada vez mais singular. Uma coisa é certa, o nosso
som tem que ser pesado, mas temos que botar o nosso diferencial para que quando
alguém escute nossa música ele, ao invés de falar que parece com tal ou tal
banda, fale: esse é o som da Knightrider.
Valmar: Outra coisa que chama atenção no som são as pegadas
e palhetadas. Acho que isso ajudou bastante pra diferenciar o som da gente.
O único CD lançado pela Knigthrider até agora foi a demo
War, de 2004, já esgotada. Como foi sua receptividade pelos headbangers e, para
quem não conhece, como é possível escutá-la?
Valmar: A demo foi lançada
em 2004 e teve boa criticas, a único critica negativa foi a respeito da
gravação, e num site do Chile a respeito da capa. De resto, foi totalmente
positivo, os zines, e o público em geral respondeu bem, alguns estranharam no
inicio a proposta devido ao vocal gutural e guitarras melódicas. Mas, quando
entenderam acharam muito legal. Fora os zines e o público, meu orgulho foi
receber elogios do ícone dos anos 80, Piledriver, do Canadá. Atualmente, a demo
está fora de circulação, embora tenha um link de download na nossa comunidade
no orkut e no nosso myspace e no purevolume.
Quando sairá outro CD da banda? Já existe a idéia de gravar
novamente, ou ainda é um plano remoto?
Valmar: Inicialmente iríamos gravar outra demo. Depois
pensamos numa promo (que ainda pode vir a sair), mas resolvemos gravar o
primeiro cd oficial da gente. Estamos compondo visando já a gravação. Devemos
entrar em estúdio lá pra o final do ano.
Miguel: É um plano concreto, porém os recursos financeiros
estão atrapalhando um pouco.
Valmar: Pois metal não rende grana, então ralamos dobrado,
para pagar ensaio, pagar estúdio, comprar equipamento… Todo mundo passa esse
aperto quando se tem banda, mas estamos correndo atrás. Paralelamente a isso,
ainda esperamos participar de um tributo que vai ocorrer ao Overdose, ícone do
metal nacional, junto com outras bandas da cena nacional como Drowned, Mad
Dragzter, André Matos, Scars, Rosa Ignea e Dr. Sin.
Humberto: Inclusive a banda está aceitando ajuda e
patrocínios (risos)… Estamos trabalhando muito para fazer um trabalho de
qualidade, para agradar não só os fãs da banda mas também aqueles que curtem
metal. Agora é esperar pois em breve a galera vai poder conferir o som da
banda.
Quais foram os shows mais marcantes para a banda e por quê?
Valmar: Com certeza, foram pra mim o Halloween Sabath, em Pilar, perto de
Juazeiro, pela estrutura magnífica e profissional que foi dada às bandas, fora
a viagem de 10 horas na companhia da Blessed in Fire e Metal War; o Maniac
Metal Fight de 2006, pela ótima receptividade que tivemos pelo período em que
estivemos parados e mais ainda no Night of Fire Rage II, onde tivemos uma ótima
participação do publico nas nossas músicas. E pra fechar, também cito o Palco
do Rock de 2006, que foi um ótimo show, numa ótima estrutura, pena que
aconteceram tumultos e não pudemos terminar o set, e malmente tocar algumas
inteiras… Mas agradeço ao pessoal da ACCR pela oportunidade que nos foi
oferecida. Enfim, não quero desmerecer nenhum evento pois todos são
importantes.
Humberto: Ressaltando o que Valmar falou, o show do MMF de
2006 foi o show que marcou a volta da banda aos palcos, e pra mim foi mais
especial ainda pois foi o meu primeiro show com a banda. Agora o show do Night
Of Fire Rage 2 foi espetacular a presença do público, a galera agitou muito e
creio que toda a banda concordará comigo no que vou dizer: o ponto alto foi
ouvir a galera pedindo as musicas da banda ao invés de ficar pedindo cover.
Creio que isso é extremamente gratificante, pois mostra que todo aquele trabalho
que você está fazendo está sendo aceito positivamente pelo publico.
Como veterano da cena de heavy metal de Salvador, você,
Valmar, acha que hoje há melhores oportunidades para bandas como a Knightrider
conquistarem seu espaço? Que melhoras você vê na cena?
Valmar: Creio que sim, pois temos muito boas bandas no
cenário, bandas novas surgindo, um bom público. Creio que o único porém de hoje
em dia sejam os espaços que estão se acabando, e as brigas que ocorrem nos
shows, que muitas vezes, faz o organizador ou o dono da casa de espetáculos
pensar duas vezes antes de pôr metal na pauta. Mas ressalto que o
profissionalismo está se tornando mais em voga hoje, não só pelas bandas mas
também pelos organizadores.
Quais são os próximos shows que a Knightrider fará e quais
as expectativas da banda, agora com uma nova formação?
Valmar: Tivemos muitos convites para eventos desde o início
do ano, quando estabilizamos a formação e agradeço a todos que lembraram da
Knightrider. Por motivos variados, inclusive aí término de faculdade,
composição, dentre outros, não pudemos aceitar. Mas os próximos eventos que
estão certos de acontecer são o III Cajazeiras Metal Fest, onde tocaremos no
dia 08/09, e a terceira etapa do Maniac Metal Fight em Outubro, com a data
ainda em aberto. Mas
iremos correr atrás de outros eventos tanto em Salvador quanto no interior, e,
se tudo der certo, em outros estados. Quanto à estréia com a nova formação, a
expectativa é a melhor possível, pois todos são bons músicos, e acima de tudo
somos todos amigos! E as novas músicas estão bem legais, pesadas, espero que a
galera curta, pois estamos trabalhando pesado nas composições.
Humberto: Bom, quanto à expectativa realmente é muito
grande, com relação não só à nova formação, mas também pela apresentação de algumas
das novas músicas que estamos compondo. Esperamos que toda a galera curta e que
ganhemos novos fãs, porque são eles que fazem o verdadeiro show, sem eles não
existiria a banda, então estamos torcendo para que toda a galera curta e agite
os shows com responsabilidade e sem violência. Vamos apoiar o metal consciente
pessoal!
Para finalizar, podem usar o espaço para mandar alguma
mensagem para os leitores e para os fãs da banda.
Valmar: Em primeiro lugar, agradeço as pessoas que curtem o
que fazemos, e gostam da banda. Afinal, quem faz o show não é a banda, e sim o
público. E a todos que nos apoiaram, nossos ex-membros, nossos bookmakers… E ao BahiaRock pela oportunidade de falarmos
um pouco sobre o quê está havendo com a banda, pois com essas malditas mudanças
de formação, estávamos parados, e muito putos com isso. Agradeço também aos
novos membros da banda, sem eles o sonho teria acabado, e aos que acreditam no
que fazemos, obrigado por tudo.
Humberto: Não vou repetir tudo que Valmar falou, mas acho
que um grande sincero obrigado para os fãs e amigos da banda, por todo o apoio
que eles deram, isso foi fundamental para banda se manter durante esses tempos
dificeis e agora estamos nos esforçando para retribuir tudo isso. Valeu
BahiaRock pela oportunidade que nos deram de falar um pouco sobre a banda e
nosso trabalho, pois isso é fundamental para que todos possam conhecer a
Knightrider. Agora é com a galera, comparecer os shows e curtir aí o nosso
som.Valeu !!!
Valmar: A banda está ai, quem quiser entrar em contato com a
gente pra saber mais, fazer contato pra show, estamos disponíveis. Nossos
contatos por e-mail são: valolliver@yahoo.com.br
Aí estão também nossos links para quem quiser ouvir e ver
algo da banda:
http://www.myspace.com/knightriderband
http://www.purevolume.com/knightrider