24 de mar. de 2014

Interview – Jul/2007- www.bahiarock.com.br


Interview – Jul/2007- www.bahiarock.com.br
Entrevista com KnightRider (www.bahiarock.com.br)
Por Aguirre Talento
Entrevisa realizada por e-mail

16-Jul-2007

A Knightrider, banda de heavy/thrash metal formada em 2003, passou por algumas dificuldades este ano devido à procura de um guitarrista para a banda. Por causa disso, tiveram até que recusar a algumas propostas de shows. Porém, agora com a formação estabilizada, com a entrada do guitarrista Miguel Matos, a banda volta à ativa e já tem shows marcados para o segundo semestre de 2007. Além disso, começam a planejar a gravação de um CD. Confira isso e mais na entrevista que a banda cedeu ao BahiaRock.

A banda já passou por diversas formações até chegar na atual, principalmente em relação aos guitarristas. Contem um pouco sobre essas trocas e como chegaram à formação atual?

Valmar: Cara, isso foi uma verdadeira novela. Teve uma época que chegamos, sem exagero, a testar uns 30 caras, porque chegava os caras arpejando e tal, mas sem pegada nenhuma. Foi um período horrível, de incertezas, de gente querendo mudar o som pra poder se encaixar, ou fazer o quê todos queriam fazer.  Hoje está tudo nos conformes, estou com uma turma ótima, talentosa, muito camarada e afim de fazer a banda crescer. A formação atual foi chegando aos poucos. André, o baixista, entrou em 2005 porque nosso baixista abandonou o barco pra ser pagodeiro!!! E precisávamos de um guitar porque estávamos com um provisório, aí André chamou o primo Humberto, que não pôde ficar, aí eu conheci Caio, lá na faculdade de artes, e ele tocava tanto guitarra quanto batera, chamei pra ser guitar, ele foi de roadie pra um show no interior, mas na hora do show sumiu com uma garota, só aparecendo no dia seguinte quando o ônibus que ia nos trazer pra Salvador tava já partindo. Belo roadie…. Ele entrou, fez dois shows com a gente, inclusive no Carnarock de 2006, quando então nosso batera e o outro guitar resolveram sair pra montar uma banda de heavy tradicional, fazendo Caio ir pra batera, e ai Humberto entrou na banda. Mas ainda faltava guitar, e após duas quase efetivações, entrou o grande (verticalmente falando) Miguel, também conhecido como Miguelito.

Humberto: Tive uma primeira oportunidade de entrar para Knightrider em 2005, porém não pude ficar pois não tinha tempo disponível. Mas, em meados de 2006, meu primo me chamou novamente para tocar na banda e, como eu estava com tempo disponível, aceitei a proposta com o maior prazer. Tive que ralar muito pra acompanhar as pegadas da banda, mas tudo caminhou perfeitamente. Todos da banda sempre deram incentivo e liberdade criativa para moldar as musicas antigas e compor as novas e isso está sendo ótimo não só para mim como músico mas acredito que pra todos nós da Knightrider como banda. E ressalto o que Valmar fala quando diz a respeito dos guitarristas que fizeram teste pra banda. Essa garotada acha que tocar guitarra é tocar um milhão de notas em um segundo, quando na verdade a essência de tocar é muito mais complexa do que isso, o que realmente foi um problema pra gente achar alguém que se encaixasse no perfil de guitarrista ao invés de velocista, mas encontramos um ótimo guitarrista, que é o Miguel. Fazer solo é importante sim, mas fazer base também é. Como se diz, não adianta tocar rápido se você nem sabe o que você ta tocando.


O som da Knightrider tem uma mistura do heavy metal tradicional com o thrash metal. De onde surgiu a idéia de fazer um som desse tipo e quais as principais influências da banda?

Valmar: Cara, na verdade, quando formei a banda, junto com o ex-guitar, Alfred, nos queríamos algo na linha do Testament na fase Demonic e The Gathering, mas como somos fãs incondicionais do Iron Maiden e metal tradicional em geral, fomos mesclando, junto com elementos de Death. Achamos importante não nos limitarmos a só um estilo, então decidimos fazer algo absolutamente pesado, com muita melodia nas partes certas, e vocal de monstro pra complementar, mas creio que o caminho que estamos seguindo nas músicas  novas vão evidenciar bastante isso.

Humberto: Creio que hoje o que procuramos com a banda é aproveitar de tudo um pouco, pra tentar reciclar o que está sendo feito hoje, ou seja, estamos tentando fazer algo diferente do que já está sendo feito. Uma das coisas que contribuem pra isso é que todos na banda, cada um tem suas influências em outros estilos musicais e todos estão contribuindo com as suas influências pra tornar o som cada vez mais singular. Uma coisa é certa, o nosso som tem que ser pesado, mas temos que botar o nosso diferencial para que quando alguém escute nossa música ele, ao invés de falar que parece com tal ou tal banda, fale: esse é o som da Knightrider.

Valmar: Outra coisa que chama atenção no som são as pegadas e palhetadas. Acho que isso ajudou bastante pra diferenciar o som da gente.

 

O único CD lançado pela Knigthrider até agora foi a demo War, de 2004, já esgotada. Como foi sua receptividade pelos headbangers e, para quem não conhece, como é possível escutá-la?

Valmar:  A demo foi lançada em 2004 e teve boa criticas, a único critica negativa foi a respeito da gravação, e num site do Chile a respeito da capa. De resto, foi totalmente positivo, os zines, e o público em geral respondeu bem, alguns estranharam no inicio a proposta devido ao vocal gutural e guitarras melódicas. Mas, quando entenderam acharam muito legal. Fora os zines e o público, meu orgulho foi receber elogios do ícone dos anos 80, Piledriver, do Canadá. Atualmente, a demo está fora de circulação, embora tenha um link de download na nossa comunidade no orkut e no nosso myspace e no purevolume.



Quando sairá outro CD da banda? Já existe a idéia de gravar novamente, ou ainda é um plano remoto?

Valmar: Inicialmente iríamos gravar outra demo. Depois pensamos numa promo (que ainda pode vir a sair), mas resolvemos gravar o primeiro cd oficial da gente. Estamos compondo visando já a gravação. Devemos entrar em estúdio lá pra o final do ano.

Miguel: É um plano concreto, porém os recursos financeiros estão atrapalhando um pouco.

Valmar: Pois metal não rende grana, então ralamos dobrado, para pagar ensaio, pagar estúdio, comprar equipamento… Todo mundo passa esse aperto quando se tem banda, mas estamos correndo atrás. Paralelamente a isso, ainda esperamos participar de um tributo que vai ocorrer ao Overdose, ícone do metal nacional, junto com outras bandas da cena nacional como Drowned, Mad Dragzter, André Matos, Scars, Rosa Ignea e Dr. Sin.

Humberto: Inclusive a banda está aceitando ajuda e patrocínios (risos)… Estamos trabalhando muito para fazer um trabalho de qualidade, para agradar não só os fãs da banda mas também aqueles que curtem metal. Agora é esperar pois em breve a galera vai poder conferir o som da banda.


 
  
Quais foram os shows mais marcantes para a banda e por quê?

Valmar: Com certeza, foram pra mim o  Halloween Sabath, em Pilar, perto de Juazeiro, pela estrutura magnífica e profissional que foi dada às bandas, fora a viagem de 10 horas na companhia da Blessed in Fire e Metal War; o Maniac Metal Fight de 2006, pela ótima receptividade que tivemos pelo período em que estivemos parados e mais ainda no Night of Fire Rage II, onde tivemos uma ótima participação do publico nas nossas músicas. E pra fechar, também cito o Palco do Rock de 2006, que foi um ótimo show, numa ótima estrutura, pena que aconteceram tumultos e não pudemos terminar o set, e malmente tocar algumas inteiras… Mas agradeço ao pessoal da ACCR pela oportunidade que nos foi oferecida. Enfim, não quero desmerecer nenhum evento pois todos são importantes.

Humberto: Ressaltando o que Valmar falou, o show do MMF de 2006 foi o show que marcou a volta da banda aos palcos, e pra mim foi mais especial ainda pois foi o meu primeiro show com a banda. Agora o show do Night Of Fire Rage 2 foi espetacular a presença do público, a galera agitou muito e creio que toda a banda concordará comigo no que vou dizer: o ponto alto foi ouvir a galera pedindo as musicas da banda ao invés de ficar pedindo cover. Creio que isso é extremamente gratificante, pois mostra que todo aquele trabalho que você está fazendo está sendo aceito positivamente pelo publico.


Como veterano da cena de heavy metal de Salvador, você, Valmar, acha que hoje há melhores oportunidades para bandas como a Knightrider conquistarem seu espaço? Que melhoras você vê na cena?

Valmar: Creio que sim, pois temos muito boas bandas no cenário, bandas novas surgindo, um bom público. Creio que o único porém de hoje em dia sejam os espaços que estão se acabando, e as brigas que ocorrem nos shows, que muitas vezes, faz o organizador ou o dono da casa de espetáculos pensar duas vezes antes de pôr metal na pauta. Mas ressalto que o profissionalismo está se tornando mais em voga hoje, não só pelas bandas mas também pelos organizadores.

 

Quais são os próximos shows que a Knightrider fará e quais as expectativas da banda, agora com uma nova formação?

Valmar: Tivemos muitos convites para eventos desde o início do ano, quando estabilizamos a formação e agradeço a todos que lembraram da Knightrider. Por motivos variados, inclusive aí término de faculdade, composição, dentre outros, não pudemos aceitar. Mas os próximos eventos que estão certos de acontecer são o III Cajazeiras Metal Fest, onde tocaremos no dia 08/09, e a terceira etapa do Maniac Metal Fight em Outubro, com a data ainda em aberto. Mas iremos correr atrás de outros eventos tanto em Salvador quanto no interior, e, se tudo der certo, em outros estados. Quanto à estréia com a nova formação, a expectativa é a melhor possível, pois todos são bons músicos, e acima de tudo somos todos amigos! E as novas músicas estão bem legais, pesadas, espero que a galera curta, pois estamos trabalhando pesado nas composições.

Humberto: Bom, quanto à expectativa realmente é muito grande, com relação não só à nova formação, mas também pela apresentação de algumas das novas músicas que estamos compondo. Esperamos que toda a galera curta e que ganhemos novos fãs, porque são eles que fazem o verdadeiro show, sem eles não existiria a banda, então estamos torcendo para que toda a galera curta e agite os shows com responsabilidade e sem violência. Vamos apoiar o metal consciente pessoal!


Para finalizar, podem usar o espaço para mandar alguma mensagem para os leitores e para os fãs da banda.

Valmar: Em primeiro lugar, agradeço as pessoas que curtem o que fazemos, e gostam da banda. Afinal, quem faz o show não é a banda, e sim o público. E a todos que nos apoiaram, nossos ex-membros, nossos bookmakers…  E ao BahiaRock pela oportunidade de falarmos um pouco sobre o quê está havendo com a banda, pois com essas malditas mudanças de formação, estávamos parados, e muito putos com isso. Agradeço também aos novos membros da banda, sem eles o sonho teria acabado, e aos que acreditam no que fazemos, obrigado por tudo.

Humberto: Não vou repetir tudo que Valmar falou, mas acho que um grande sincero obrigado para os fãs e amigos da banda, por todo o apoio que eles deram, isso foi fundamental para banda se manter durante esses tempos dificeis e agora estamos nos esforçando para retribuir tudo isso. Valeu BahiaRock pela oportunidade que nos deram de falar um pouco sobre a banda e nosso trabalho, pois isso é fundamental para que todos possam conhecer a Knightrider. Agora é com a galera, comparecer os shows e curtir aí o nosso som.Valeu !!!

Valmar: A banda está ai, quem quiser entrar em contato com a gente pra saber mais, fazer contato pra show, estamos disponíveis. Nossos contatos por e-mail são: valolliver@yahoo.com.br

Aí estão também nossos links para quem quiser ouvir e ver algo da banda:

http://www.myspace.com/knightriderband

http://www.purevolume.com/knightrider