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Event Reviews on July 30, 2009 by knightridermetal
Local: Praia de Piatã, Salvador, Bahia
Bandas: Knightrider, varias outras
Data do evento: 26/02/2006
Resenha do show: http://www.accrba.com.br
por: Redação – CLEBER REBEL / Auxiliar – Bia Rebel / Revisão
e Considerações Finais – Gabriel Amorim e Sandra de Cássia
TEXTO RESENHA DO PALCO DO ROCK 2006
Após uma longa espera, que durou 5 anos, o Palco do Rock
retorna ao seu formato original, fazendo jus ao nome. Essa luta não poderia
acabar. A ACCRBA , mantendo os contatos com a atual administração da cidade do
Salvador desde o início de sua gestão (2005), conseguiu a viabilização de toda
estrutura necessária para que o nosso Palco do Rock pudesse voltar ao seu
formato original.
Com 30 bandas, sendo 18 da capital e 12 distribuídas entre
interior, RMS e outros estados, o Palco do Rock foi um sucesso novamente. O
público compareceu (aproximadamente 7 mil pessoas por noite) e fez uma grande
festa Rock and Roll durante 4 dias de Carnaval. O carnaval soteropolitano tende
a sempre ser marcado por nossa pluralidade e rock correndo aos montes na nossa
veia.
DOMINGO 26/02:
A banda RADIOZUN abre a noite. Performáticos, não abriram
mão do rock and roll e mostraram boas canções além do cover da banda
Audioslave. O vocalista chama bastante atenção pela sua performance mas foi o
baixista quem deveria ter roubado a cena. Dono de características bastante
roqueiras, o “bass player” detonou, unindo performance e técnica apuradas. A
banda é mais uma realidade no cenário, apesar do pouco tempo de estrada. Merece
sucesso se esse for o intuito.
Graças ao trânsito caótico de Salvador, o show da banda SLOW
atrasou e isso pesou na sua apresentação. Com o tempo reduzido, a banda, que
dispensa comentários, comportou-se muito bem no palco. Destaques para as
músicas “Killer Mermaid”, dos velhos tempos de banda e o cover de “Tom Sawyer”,
do Rush, que merece uma atenção especial para a performance de Joel Moncorvo,
baixista que divide-se, hoje, entre 3 trabalhos com bandas além do seu projeto
solo. É indiscutível a qualidade sonora da SLOW. Seu guitarrista, Ricardo
Primata, além de gentleman é exímio guitarrista, tendo seu cd solo, Ritmia,
como um dos melhores do ano por revistas e sites especializados. Riffs
poderosos e grande estrutura sonora. É assim que podemos identificar o som da
SLOW, eles vão além do metal, muito além do rock, muito além de todos os
rótulos.
Desconhecida da maioria do público baiano, a banda paulista
C-REAL trouxe nas bagagens muito peso e distorção unidos à uma sonoridade única
e visceral. Misturando teclados, percussão e distorção, fizeram um som que pode
ser definido como new metal, mas não vou ficar rotulando disso só porque o som
é pesado. É música. Bem feita e de muita qualidade. A banda se recusou a tocar
covers, o que, de certa forma desagrada aos pedintes, mas faz da banda cada vez
mais responsável por passar suas músicas adiante.
Os anos 80 voltaram. Utilizamos a máquina do tempo e fizemos
um movimento punk. PASTEL DE MIOLOS chegou trazendo muito hardcore oitentista.
São tantas influências positivas que é bastante difícil enumera-las. Também,
não seria preciso citar as bandas que influenciaram a PASTEL DE MIOLOS. Curioso
foi, nas primeiras músicas, a 5ª corda da guitarra de Álisson partiu e, como
não havia encordoamento reserva, foi assim mesmo, na atitude.
Mas, atitude,
quem teve mesmo foi o Fábio Dórea, da banda MACULA que vinha do Ceará para
mostrar seu som de influências roqueiras e “mpbísticas”. O cara correu até onde
estava hospedado, conseguiu a corda para a guitarra e voltou em incríveis 5
minutos. Ao tentar ajustar a corda ao tom Lá, percebeu-se que estava afinada
sem nenhum recurso eletrônico nem auditivo, pois não dava nem pra ouvir. Foi só
apertar e… pronto! Estava afinadíssima para continuar o hc. Deve ter sido as
mãos de São Rock.
Para falar de MACULA, prefiro desvincular a imagem de Fábio,
guitarrista e vocalista, e focalizar somente a música. Fabinho é um cara de bem
com a vida e simples por demais. Quanto à sua música… “ Fiquem aí mesmo, não
precisa vir aqui pra frente, não”. Essas palavras já dizem tudo. Um som que não
aquele peso anterior, mas que traz qualidade excelente de arranjos e carisma. Uma
banda tão boa que não consigo relacionar com o mercado. Tenho medo do que o
mercado pode fazer com os caras.
Peso e melodia. O anúncio que indicava a banda DIMENSÕES
DISTORCIDAS como metalcore, cometia esse equívoco. Não é só isso e pronto. É
muito mais. A qualidade de seus músicos é incontestável. Um vocal poderoso e
forte e uma bateria matadora (no bom sentido, se houver). Tudo isso já lhes
rendeu diversos comentários na mídia especializada e pode render ainda mais. Banda
que tem público e toca com amor à sua música. DD de parabéns.
Agora, voltando à modernidade, um pouco de hc melódico. ESKARAVELHO,
banda que já tem uma longa data no rock and roll baiano, trouxe para o PDR o que
há de melhor no hc melódico nacional. Não dá pra entender como muita gente
perde tempo com os “cpmenautasb5” da vida. Salvador possui qualidade tão
elevada em diversos estilos e o hc melódico tem representantes variados com
excessos de qualidade até. A banda ESKARAVELHO é uma delas e fizeram um grande
show, digam o que disserem…
Para encerrar mais um dia de Palco do Rock, KNIGHTRIDER. Thrash
e Death em estado de graça…ou treva. Uma grande banda que, infelizmente,
precisou parar em várias músicas por causa das brigas que um pequeno grupo de
imbecis insistem
A banda mostrou músicas da demo WAR além de
músicas de tempos passados. Bastante coesa, a KNIGHTRIDER destaca-se, como as
outras bandas de metal, pelo qualidade técnica de seus músicos.
Vocal detonando
os tímpanos, baixo e bateria perfeitos. Mais uma vez, digo: grande banda que
não merece ser desprezada pelos boxers de plantão, eles perderam o show, a
banda mostrou tudo que pode e ainda terminaram mais cedo que o horário devido.
Fica essa nota de repúdio aos
brigões.


