24 de mar. de 2014

The Night of The Fire Rage II – 25/11/2006


Local: Idearium Bar

Bandas: Bravus, Knightrider,Blessed in Fire, Last Lotus

Data do evento: 25/11/2006

Resenha do show: http://www.bahiarock.com.br

por: Luciano Niclotti

Mais um sábado de show no Idearium onde bandas da cena heavy metal baiana juntaram-se para um “poket” festival: o The Night of The Fire Rage II, que reuniu duas bandas já conhecidas pelos headbangers mais antigos (Knightrider e Blessed in Fire) e outras duas da nova geração (Bravus e Last Lotus).

O evento teve boa estrutura, com um bom equipamento de som (apesar dos transtornos causados com o mesmo), o que rendeu aos presentes mais qualidade. Porem a organização pecou (como já é comum por aqui) na pontualidade sendo que o show teve cerca de 2 horas e meia de atraso.

Ainda era pequeno o público dentro da casa quando por volta das 22:30 sobe ao palco a banda Bravus. Após uma intro épica começa verdadeiramente o show com “Sequence of Fight”, música mais puxada para o power metal com pitadas de prog em que eles mostram entrosamento e qualidade. Continuam com um cover do Dream Theater tocando “War Inside my Head” e logo emendando com uma música da banda, “Last Memories”, que tem uma pegada mais prog e pesada lembrando Evegrey em alguns momentos. Seguem com “Killing Road” (Megadeth), e a progressiva “Flight on the hell”. Logo após anunciam “Seek and Destroy” do Metallica numa versão ainda mais pesada que levou os headbangers ao delírio. “Seven Keys”, música da banda, manteve o ritmo do show e para finalizar o vocalista Rafael Gonçolli anuncia um convidado: o cantor Marcos Cezar da banda Egregorian que sobe ao palco onde juntos cantam “Perfect Strangers” (Deep Purple) para encerrar o show em clima de festa.

Após alguns minutos era a vez da veterana Knightrider subir ao palco. Havia muita expectativa por parte da maioria do público por esta apresentação e a banda não decepcionou. 
Seu Thrash Heavy empolga e logo se abrem as rodas onde musicas como “Marching to Hell” e “Shinnig Day of Life” deram abertura ao show e agitaram bastante os headbangers. The Clown e Into the Pit (Fight) mantiveram o ritmo frenético. Mas o ponto alto do show dos caras, alias, não só do show como de toda a noite, foi o cover do Maiden “Fear of The Dark”. 
A musica (mesmo com alguns erros em sua execução) causou tanta emoção entre o publico que alguns mais empolgados subiram no palco e juntos ao vocalista Valmar agitavam e gritavam em coro, finalizando o show com chave de ouro.

Logo após veio a Blessed in Fire, que mostrou após uma intro com narrações digamos “soturnas”, um power/tradicional oitentista com muita energia e garra. O show era esperado, pois havia anos que a banda não tocava ao vivo e o publico foi recompensado por músicos dedicados e visivelmente apaixonados pelo que fazem tocando com a entrega esperada. Belo show!

Para encerrar a noite, após alguns problemas com o som, entra em cena a banda Last Lotus com seu estilo mais cadenciado em que existe uma divisão vocal entre o “gutural” do vocalista Ítalo e os vocais limpos e “melancólicos” da vocalista Juliana Yamí. A banda começa o show com “Roaming in The Abyss” e seguiram com composições próprias como: “Symphony of Destruction” e “Into Your Mind”, em que eles mostram-se bons no estilo que adotaram, Destaque para o tecladista Erick e a dupla de guitarristas que mostra coesão, bons riffs e solos. Seguiram com problemas técnicos, sendo interrompido várias vezes, o que gerou certa impaciência em alguns dos presentes, mas por cima das dificuldades a banda consegue seguir seu show com “Beyound the Gate of Catedral” e “Last Lótus”. Os músicos em sua maioria são jovens e apesar de algumas falhas nos vocais (coisa que pode ser melhorada com o amadurecimento musical) a banda consegue fazer um show legal que se encerra com “Holy True” e faz os headbangers saírem satisfeitos do local. Quando já havia passado das 03:00 da madrugada de domingo, encerrou-se mais um evento de heavy metal underground, com todos os ingredientes que estamos acostumados: atrasos,   problemas técnicos,  muita diversão, público empolgado e boas bandas.